sábado, 10 de abril de 2010

Do sonho ao pesadelo

Muitas garotas despertam, em sua maioria na adolescência,o desejo de representarem ícones grandiosos da moda em seus desfiles em Milão, Paris... sair em capa de famosas revistas pelo mundo fashion. Comigo isto não foi diferente.
Quando completei onze anos de idade, passei a me interessar por fotos e fazer poses frente ao espelho, apesar de ser gordinha. Nessa época tinha 1m62 e 62 kg. Nunca me importei muito em ser magra e linda, até mesmo porque nesta fase eu queria brincar, sem me preocupar com o físico. Porém, este meu pensamento estava mudando. Sofria com o *bullying na escola, e em casa também, meu irmão vivia a me dizer: ''-Oh, Gorda!.''
Cansada de ouvir e me sentir como uma baleia fora d'água, resolvi que iria emagrecer. Afinal, as pessoas me julgavam de tal forma e modelos eram esqueléticas, ou seja, eu TINHA que emagrecer.
Assim se fez! Na hora das refeições, esperava minha família (pai, mãe e irmão)sentar-se à mesa e servir-se, após alguns minutos, ia e me juntava a eles, que já estavam servidos e prontos para sairem. Era isso mesmo que queria, ficar sozinha diante do banquete a apreciar aquela fartura... só apreciar! Assim que eles saiam, colocava comida no prato para que o sujasse, parecendo então, que eu havia me alimentado. Eu já ''não comia'' mais. Este foi o metódo que adotei para alcançar o tão desejado corpo esbelto e magrelo como os das modelos que apareciam na tevê. Me pesava toda a semana para que pudesse ter o controle sobre meu rigoroso regime.
Após 5 meses de ditadura alimentar, havia perdido 15 kg, minha massa era, então, 47.Mesmo assim, queria emagrecer mais e mais.
Tinha colocado meus familiares em uma situação de preocupação.
''Morre nesta semana, uma modelo internacional vítima de anorexia'', noticiava os jornais.
Fui levada ao médico por minha mãe, que não aguentava mais minha loucura. O diagnóstico informava que eu não podia perder mais 200 gr, mas se ocorresse, deveria ser levada ao psicanalista e, posteriormente, internada.
Mesmo me sentindo com poder de agir ainda mais sobre mim, voltava a ser criança: tratada pela minha mãe, uma mulher cuja autoconfiança me salvou de um resultado negativo.
Mesmo contrariando tudo e todos, não havia mais opção. Eu precisava me render.a pressão sob mim era intensa. Eu voltava a comer e a recuperar meus quilos perdidos durante essa rígida dieta de, aproximadamente, 8 meses.

*Bullying: No uso coloquial entre falantes de língua inglesa, bullying é frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco. 1.o comportamento é agressivo e negativo;2.o comportamento é executado repetidamente;3.o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

2 comentários:

  1. Oi, aqui é a Alyssa!

    Meus parabéns, seu blog é muito interessante!
    Quem me dera se eu tivesse o dom da escrita e soubesse dominar as palavras assim como você!

    Também tenho um blogzinho, mas está meio... "encalhado" sabe... Eu pretendia postar meus desenhos e rabiscos, mas tipo (lá vem o "tipo")...não sei se as pessoas vão realmente visitar, e também tenho um pouco de vergonha (vergonha do quê?! *risadas*)...

    Então é isso aí, falo novamente "Meus Parabéns", e continue sempre assim!

    ResponderExcluir
  2. Adorei sua idéia de colocar o que você sente no blog, pois quem realmente se importar em ler ele, normalmente serão pessoas que gostem de você, sendo assim, ficará sabendo quem merece! Eu acho HUESUHESUHSEUHESUHES..
    Outra coisa, não dê maior importancia à beleza, pois eu tenho certeza que o seu papo e seu jeito, se sobressaem perante qualquer beleza! E você também é bonita, não se faça pouco caso da sua beleza..."You're my sunshine in a cloudy day" z

    ResponderExcluir