terça-feira, 8 de junho de 2010


Dingolbell, Dingolbell ...
Era dezembro. As crianças começavam a rabiscar as cartinhas para aquele que lhes traziria presentes já que tinham sido, durante o ano, obedientes e educadas, sempre fazendo o uso das palavrinhas mágicas.
Pediam brinquedos modernos aqueles que passavam nos comerciais, tênis e sandálias, roupas que os garotinhos(as) exibiam nas propagandas.
Estavam todos contentes, pois sabiam o que escreviam na carta iria se tornar real, pois papai noel era como um ''gênio da lâmpada mágica'', que atendia aos pedidos.
A professora, que acompanhava seus alunos na classe, avistou Lúcia sentada na última carteira e parecia viajar em seus pensamentos, mesmo sem nada escrever.
-Lúcia, por que não está escrevendo sua cartinha para o papai Noel? Não quer receber brinquedinhos também?
-Sim, professora!
-Então, por quê não faz seu pedido? Afinal...o que quer neste natal?
- Professora, não escrevo meu desejo no papel porque o que quero não depende do Noel, mas das pessoas que convivem comigo e, principalmente, de mim. O que quero dinheiro não paga. Não desejo me sentir realizada apenas no momento em que desembrulhar meu presente e ver o que haviam me trazido era o meu pedido. O que desejo neste momento está longe deste mundo capitalista. O que quero é... ser feliz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário